domingo, 26 de fevereiro de 2012

Amores eternos ?

Amores eternos

Eu acredito em amores eternos, daqueles que acompanham a gente pela vida inteira, como se tempo e amor se fundissem num só elemento, tornando-se imutáveis, indestrutíveis.

Eu acredito em amores eternos, daqueles que vão com você para qualquer lugar, não importando o quão distante você esteja, por que a pessoa amada reside em seu próprio coração.

Acredito em amores eternos e sublimes, capazes de reconsiderar tudo, com suavidade, ternura e perdão.Acredito, sim, em amores para toda a vida, e além da vida, pois seria um tipo de amor unido à própria alma, e sem alma a vida não tem razão...

Amores eternos existem sim, e superam qualquer coisa, mesmo quando ninguém mais acredita neles, eles continuam sempre à espreita, esperando apenas um olhar, um retorno, uma reconciliação.

Depois de tanta confusão, deixo essa que fala em cada linha tudo que penso em meio tantos sentimentos, tantos acontecimentos..tanta insegurança, mas assim de tudo muito respeito e muito carinho.
Tempo, tô te aguardando até hoje!

O Amor Venceu Rodriguinho e Nana
O Amor Venceu - Nana e Rodriguinho

Conto os dias,
Conto as horas pra te ver
Faço tudo o que posso pra entender
Essa vida de mentira já não dá
Não tem como não aceitar

Ainda bem que você sabe que é assim
Se é difícil pra você
Pior pra mim
Eu também tenho alguém pra respeitar
Não tem como não aceitar

É difícil falar de respeito entre nós dois
Eu não queria que isso fosse desse jeito
mais não deu, rolou

Nossa história pode machucar dois corações
Mas também pode fazer feliz mais dois
De repente é a hora
da gente se decidir e não depois

Então vamos deixar o amor falar por nós
(Deixa o Amor falar)
Tudo é tão lindo quando estamos a sós
(Deixa o Amor falar)
A nossa história a mão divina que escreveu
Eu e você, você e eu
A nossa vida até hoje não valeu
Todos vão ver o Amor venceu
Nosso Amor não vai ter fim

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

The help - Histórias Cruzadas



Acabo de sair do cinema ainda nostalgiada com o filme "Histórias Cruzadas" baseado em um dos livros mais badalados há anos e fenômeno número um de vendas de todos os tempos do New York Times. Histórias Cruzadas mostra a história de três diferentes mulheres no Mississipi durante os anos 60 que constroem uma improvável amizade devido a um projeto literário secreto que abala as regras da sociedade, colocando-as em perigo.

A história se passa em um cenário que muitos de nós espectadores não consegueriamos enxergar durante muitos anos. Skeeter que é uma filha de uma ricaça da cidade cresce sendo criada por uma empregada negra até a hora de ir para faculdade. O que Skeeter não espera é que na sua volta, Constantine não está mais trabalhando para sua família.

O filme é uma mistura deliciosa de realidade, valores, racismo e principalmente amor. Aquele amor que faz com que as empregadas dessas famílias ricas criem os filhos de suas patroas, dando, na maioria das vezes, amor e atenção para essas crianças. Contanto a história de mulheres que na época não tinham o menor valor dentro da conjuntura dos anos 60.
Mostrando o quanto a sociedade recrimina essas mulheres guerreiras, pois as mesmas criam os filhos das patroas e por consequência acabam não vendo os seus crescerem.

Skeeter consegue que no meio de tanto racismo, e tanta intolerância, uma mulher negra que trabalha para uma família comece a ser entrevistada por ela e conte o que o senso comum não tinha visto ainda. O outro lado. A jornalista recolhe relatos dessas mulheres negras, e pelo que elas passam com suas patroas. E é nesse enredo que o choque de realidade surge, mostrando o quanto ser vitima de preconceito é terrível e que na sociedade do mundo moderno, não deveria mais ter espaço para diferenças, pois são elas que nos completam.

A história nos toca não somente pelo roteiro bem escrito, pela fotografia, pelos atores, mas sim pela realidade. Quantos de nós fomos criados por essas mulheres? Quantos de nós já assistimos maus tratos, preconceito e ficamos calados? Quantos de nós toleramos injustiças?

Injustiça, calados. Duas palavras que deveriam estar bem longe uma da outra e que ainda estão próximas.

Histórias Cruzadas é mais que uma história de negras de um local que se juntaram com uma filha de uma mulher rica para escrever sobre tudo que elas passaram. Histórias cruzadas é a triste realidade pela qual os negros foram obrigados a vivenciar.
É sobretudo uma história de mulheres fortes, uma história de coragem. Sim, coragem.

É admirável a coragem de quem resolve mudar e ser diferente do resto só pelo simples fato de acreditar que aquilo que a sociedade apresenta está errado.
Hoje, achamos utópico o fato de alguém tratar algum negro da forma que o filme apresenta, mas nos anos 60 não. E foi preciso coragem para escrever e chocar toda uma sociedade. Foi preciso tentar, e não parar, foi preciso enfrentar o medo, olhar pra frente, e contar uma história.

História diga-se de passagem de muita superação...

Indico o filme que estreou dia 03 de fevereiro e que duas artistas já concorrem ao oscar deste ano.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DESPEDIDA

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

"Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais"
Confesso - Ana Carolina