quinta-feira, 20 de maio de 2010

Aceitar a morte

"Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte."
Sigmund Freud

Aceitar a morte? Que todo mundo que aceita me desculpe, mas nem Freud consegue explicar.
Como é possivél alguém aceitar perder alguém? Porque isso tem que ser assim? São muitos questionamentos. Talvez um dia eu consiga entender qual o objetivo e a relevância da morte.
Morte significa fim. Significa término de vida. Em primeiro lugar morrer se torna tão dificil pelo seu antônimo: viver. Pois essa é a melhor arte, melhor diversão e o melhor presente do mundo.
Viver mesmo que não tão intensamente, mesmo quando tudo dá errado, mesmo com todas as dificuldades do nosso dia-dia continua sendo o mais maravilhoso mistério da humanidade.
A morte ainda me assusta, sempre me surpreende, sempre me abala. Fico em mil pedaços só de imaginar que alguém que ontem esteve comigo, hoje pode não estar mais. Que ontem nos riamos juntos, hoje a morte pode nos separar. Ontem eramos amigos, hoje o destino decidiu que não somos nada.
Fico me perguntando se é justo ou injusto, se é digno ou indigno. E não acho respostas em meio há tantos questionamentos.
A própria vida nos ensina que a morte é a nossa única certeza, sendo assim prefiro acreditar que as pessoas que eu amo de verdade jamais morreram para mim. Porque guardo dentro de mim todas as lembranças e todos os momentos (sendo eles bons ou ruins) que aquela pessoa me proporcionou e dividiu comigo. E isso a morte não pode apagar. Isso é mais forte do que qualquer perda, isso é amor. Isso é saudade infinita. E apesar disso ser triste, é a mais pura verdade.
Enquanto eu fico tentando responder aos meus questionamentos, eu vou aproveitando a oportunidade de ainda estar viva e aprendendo cada vez mais a dar valor a isso.

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